"Baú das lembranças" de Cristóvam Araújo

O baú de lembranças de Cristóvam distingue-se, pois nos
apresenta-se limado, artisticamente, em belos versos.
[...] Na morada dos teus olhos/abrigo-me e, enamorado,/
nos meus abrigo-te em mim [...] (Namorada).
Poder da Arte de (re)inventar o real e permitir que o
leitor compartilhe com sua própria fantasia o que lhe chega
às mãos. Imaginar o imaginado pelo artista num momento de
gozo e prazer estético. Madalena da Santa Ceia ou o sorriso de
Leonardo de tantos modos interpretados. O Baú de Cristóvam
é o baú de todos nós. Feito de queridas e saudosas lembranças.
De momentos idos com Clarinha, com a doce Claudinha,
amada por todos que tiveram a alegria de conhecê-la. Dos
sonhos. Das esperanças. E das tristezas profundas. Das perdas
sofridas e irreparáveis.
(Trecho do prefácio de Osmar Tadeu Miranda)