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Foto do escritorArmando Alves Filho

Policial paraense lança livro com histórias de visagens em delegacias do Estado


Genésio e sua obra sobre o sobrenatural. | Divulgação


As histórias de visagens e assombrações permeiam o imaginário coletivo de todas as cidades paraenses e dos mais diversos espaços (bairros, ruas, prédios históricos). E, sabendo disso, o escritor e investigador da Polícia Civil do Pará Genésio Santos resolveu reunir histórias sobrenaturais sediadas em delegacias do Estado com o intuito de estimular a leitura entre os jovens e também aproximar a população da realidade da polícia paraense.


Os relatos sobrenaturais foram compilados no livro “Fantasmas das Delegacias de Polícia do Pará”, que é a primeira obra da carreira de Genésio. A publicação tem prefácio do professor, escritor e pesquisador de literatura paraense Paulo Maués Corrêa.


“A minha ideia é divulgar um pouco das dores, dos sofrimentos e dos ‘fantasmas’ que afetam os policiais. Tentei ilustrar, por meio do sobrenatural, questões do dia a dia dos policiais paraenses. É uma forma de melhorar esse olhar estigmatizado da sociedade sobre os agentes de segurança”, comenta Genésio Santos.


O livro reúne oito histórias sobrenaturais que se passam em delegacias. Uma delas, a “Visagem Arrependida”, por exemplo, faz um relato repassado ao autor por um delegado que atuou na antiga Central de Polícia, localizada próxima ao Hospital da Ordem Terceira, no bairro da Campina, em Belém.


Segundo o delegado, um homem foi procurar a delegacia para relatar o assassinato por envenenamento da própria família, cometido por ele mesmo. Ele estaria arrependido e queria se entregar. No entanto, em um momento de distração, o homem desapareceu bem na frente do policial. Depois, foi descoberto que o crime teria sido cometido no início do século XX.


O livro ainda tem histórias de um fantasma que assombrava a delegacia de São Brás e de uma família morta que perambulava nas proximidades do cemitério da Soledad, dentre outras.




O AUTOR


O investigador, que tem 56 anos, trabalha há 18 anos na Polícia Civil do Pará e já atuou em delegacias das cidades de Breves e Curralinho, no Arquipélago do Marajó, além de diversas delegacias em bairros de Belém. “Trabalho com uma filosofia de polícia comunitária. Meu objetivo é tentar contribuir para uma cultura de paz”, diz Genésio.


O escritor afirma que o principal objetivo do livro é mostrar o dia a dia dos policiais paraenses e “melhorar esse olhar estigmatizado que as pessoas têm sobre os policiais”. O autor também usou a questão do mistério e do fantástico para “estimular a leitura, principalmente, entre os jovens paraenses”.


“Quero mostrar as dores dos nossos colegas, o dia a dia deles. Há muitos ‘fantasmas’ psicológicos na realidade. O sobrenatural é um meio para ilustrar isso”, conclui Genésio.

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